Conforme divulgado pela imprensa no início de julho, denúncia de servidora pública mineira pode ter evitado que cerca de R$134 milhões para a compra de testes de Covid-19 fossem desviados dos cofres públicos por possíveis estelionatários. Ainda que as investigações não tenham sido concluídas já é possível pelo menos uma afirmação: integridade é uma ferramenta efetiva para o enfrentamento da corrupção.
Nos últimos anos Minas deu passos concretos em direção ao desenvolvimento de uma cultura de integridade no estado. O primeiro deles foi o lançamento do Programa Mineiro de Promoção de Integridade (PMPI), em meados de 2017, que formalizou a intenção de avançar nesse sentido e culminou em uma grande campanha pela integridade pública, que reverberou em todo o Estado e até fora dele.
Desde então multiplicaram-se os Planos de Integridade de órgãos e entidades públicos, os materiais produzidos sobre a temática, desenvolveram-se ferramentas de controle e de governança para fortalecer o projeto de se construir, efetivamente, uma cultura de integridade na administração pública mineira.
“Com o apoio irrestrito deste governo avançamos em frentes importantes para a integridade pública, como o incremento de mecanismos de governança, a exemplo do Conselho de Ética Pública e Conselho de Transparência e Combate à Corrupção, e o fomento de Planos de Integridade pelos órgãos e instituições do Estado”, explicou o controlador-geral do Estado de MG, Rodrigo Fontenelle. “Outra conquista extremamente importante para a cultura de integridade foi o avanço na transparência de dados públicos. Hoje, por meio do Portal da Transparência e do E-Sic, a sociedade pode acessar dados que nunca estiveram disponíveis”, concluiu Fontenelle.
Assim como a servidora apresentada no início da matéria, que demonstrou uma conduta íntegra, o ambiente e cultura de integridade institucionalizados norteiam e influenciam as ações dos servidores em geral, de modo que essas atitudes tornam possível projetar os resultados que uma cultura de integridade traz para o Estado.
Uma única servidora íntegra foi o gatilho que interrompeu um prejuízo de R$134 milhões aos cofres públicos, e prova que investir em integridade traz retornos concretos. Agentes públicos íntegros, aliados a redes colaborativas entre os órgãos e instituições que atuam visando o bem da sociedade são as maiores ferramentas contra a corrupção.